domingo, 14 de abril de 2013

TRÂNSITO DE MERCADORIAS

Pecém avança em ritmo mais acelerado no CE

Diferentemente do resto do País, no Nordeste e no Estado portos públicos puxam a circulação de carga
No ano passado, o setor portuário brasileiro (instalações públicas e privadas) movimentou 904 milhões de toneladas. Esse número representou crescimento de 2,03% em relação ao total movimentado em 2011, que foi de 886 milhões de toneladas, segundo informações do Anuário Estatístico Aquaviário 2012, da Antaq. Os de uso privado movimentaram 65% das cargas, isto é, 588 milhões de toneladas. Em 2011, esse número foi de 577 milhões de toneladas, significando avanço de 1,91%. Já os portos públicos ficaram com 35% do total movimentado no País em 2012,quando passaram pelos mesmos 316 milhões de toneladas, 2,27% acima dos 309 milhões que circularam nessas instalações no ano anterior.

Entretanto, esclarece Pedro Brito, diretor da Antaq, os portos privados têm movimentado mais cargas que os portos públicos porque são eles que contemplam, por exemplo, o minério de ferro da Vale (maior mineradora do País), empresa que detém seus próprios terminais, e ainda porque a maior parte dos granéis (agrícolas) também passa por eles. "São produtos de maior valor agregado. Não se trata de competitividade de um tipo de porto ou de outro. Já no caso de contêineres, a maior movimentação é concentrada nos portos públicos", afirma.

Nordeste e Ceará
Entretanto, em se tratando de Nordeste, destaca Brito, são os portos públicos que concentram a maior movimentação total. Com o mesmo cenário se replicando no Ceará. "Atualmente, o Porto de Fortaleza apresenta movimentação superior à do Porto do Pecém. Porém, os dados mostram que os dois portos vêm crescendo continuamente nos últimos cinco anos, demonstrando que eles são complementares e de extrema importância para a região", reforça o ministro dos Portos, Leônidas Cristino. Porém, é o terminal do Pecém que avança em ritmo mais acelerado

Segundo Cristino, a movimentação de mercadorias no Porto de Fortaleza, especificamente no ano passado, foi recorde, com 4,5 milhões de toneladas de cargas importadas e exportadas. "O Porto de Fortaleza tem como principal ação a importação, com destaque para os derivados de petróleo, que correspondem a cerca de 50% do volume movimentado", destaca, acrescentando ainda a importação de trigo.

Destaque estadual
No entanto, embora concentre o maior volume de cargas movimentadas, é o Porto do Pecém que vem registrando índices superiores de crescimento. Em 2012, enquanto Porto de Fortaleza registrou acréscimo de quase 6%, o terminal portuário no município vizinho avançou mais de 22% em relação ao ano anterior, com 4,1 milhões de toneladas em cargas movimentadas, ante 3,4 milhões de toneladas em 2011. É o que revela o diretor de Implantação e Expansão da Cearáportos, empresa que administra o Porto do Pecém, Luiz Hernani de Carvalho Júnior.

E no contexto nacional, dada a posição geográfica privilegiada, este se destaca tanto na exportação como na importação, liderando, em 2012, a movimentação de itens para fora do País como frutas (39,7 mil toneladas ou 45% de participação) e calçados (3,6 mil toneladas ou 44% do total), puxando ainda o ranking entre os portos brasileiros na entrada de ferro e aço (125 mil toneladas ou 23% de participação) e cimentos não pulverizados (clinkers), com 40% (54 mil toneladas) do total importado pelo Brasil. 

ANCHIETA DANTAS JÚNIOR 

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