por Secom em 12/04/2011 20:45hs
O Ministério da Justiça anunciou na última segunda-feira (11) que a nova campanha do desarmamento será antecipada. A campanha já estava sendo organizada pelo governo federal. O episódio na escola Tasso da Silveira, no bairro de Realengo (RJ), quando 12 alunos foram assassinados na semana passada, acelerou o processo. O ministério ressalta que, independentemente da campanha, o desarmamento é uma política constante do governo e faz parte de um projeto que engloba o combate ao crime organizado e ações nas áreas de fronteiras. A expectativa é fazer o lançamento em 6 de maio.
O objetivo é recolher o maior número de armas possível. “O propósito é superar as três campanhas anteriores, quando foram recolhidas mais de 1 milhão de armas”, afirmou o ministro do MJ, José Eduardo Cardozo.
Um Gabinete de Gestão Integrada (GGI), que articula o trabalho da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e polícias locais, será instalado, em breve, em Foz do Iguaçu, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, para coibir a entrada ilegal de armas no País.
Na última campanha do desarmamento, feita entre dezembro de 2008 e dezembro de 2009, foram recolhidas mais de 40 mil armas no País.
Conselho - As ações da nova campanha serão geridas por um conselho. Serão convidados a integrá-lo, além de outros setores do governo - como a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e o Ministério da Defesa - o Senado, a Câmara dos Deputados, as secretarias estaduais e municipais de segurança pública, os conselhos das Guardas Municipais, o Conselho Nacional do Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Rede Desarma Brasil, a Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB), o Conselho dos Comandantes Gerais da Polícia Militar, o Colégio dos Dirigentes das Polícias Civil, o Conselho Nacional de Segurança Pública, o Banco do Brasil e o Conselho Nacional das Igrejas Cristãs.
A primeira reunião do conselho será na próxima segunda-feira (18). Serão abordados temas como o valor da indenização a ser paga para quem entregar armas, projetos de lei sobre o desarmamento que podem ser enviados para o Congresso Nacional e formas de mobilização da sociedade. Segundo o MJ, a nova campanha do desarmamento deve ser estendida até o final do ano como parte de uma política permanente para desarmar o País.
Nova campanha do desarmamento será antecipada.