Luizianne diz que nome de José Pimentel não é para pressionar, mas “candidatura de reserva”

Luizianne, antes de viajar nesta madrugada.

A prefeita Luizianne Lins descartou, nesta quarta-feira, a tese de que, ao colocar o nome do senador José Pimentel na lista dos possíveis candidatos do PT à Prefeitura de Fortaleza, tenha apelado para a pressão e chantagem como forma de impor o nome da sua preferência ao governador Cid Gomes (PSB). Luizianne, que tentou emplacar Waldemir Catanho, secreetário da Ação Governamental como postulante, trabalha agora o nome do secretário municipal da Educação, Elmano Freitas, que vem publicizando sua disposição de disputar e amiudando encontros com setores petistas.

“Não é pressão, não. Nós estamos fazendo o nosso caminho, mas claro que vamos buscar os partidos aliados incluindo o grande apoio que será o do governador”, acentuou a prefeita, evitando expor preferências por Elmano, ao ser perguntada sobre essa possível postulação.

“O meu candidato, por enquanto, como presidente estadual do PT e como a estratégia é do partido, eu não posso fugir a ela: eu estou afirmando que estamos discutindo entre os pré-candidatos e o Pimentel é como uma espécie de candidatura de reserva caso não consigamos chegar a um consenso entre esses cinco candidatos”. Luizianne disse que há cinco nomes tentando a indicação. Estão no páreo como “prefeituráveis” petistas o deputado federal Artur Bruno, o presidente da Câmara Municipal, Acrísio Sena, o vereador Guilherme Sampaio, o secretário municipal da Educação, Elmano Freitas, e o secretário estadual das Cidades, Camilo Santana.

Luizianne deixou claro que Pimentel é uma “candidatura de reserva” nesse processo que, espera, leve o PT a definir seu candidato até o dia 30 de março, como definiu como prazo a direção nacional da legenda. Até lá, ocorrerá, logo no próximo dia 13, uma grande plenária do partido para afunilar o processo. Ela disse também que se não houver consenso, haverá prévias durante o mês de abril. “Caso a gente precise, vamos ter prévias democráticas, coisa que o partido sempre fez com tranquilidade”, observou.

O fato de o nome do senador José Pimentel ter sido incluido como pré-candidato a prefeito causou reações variadas no PSB e em lideranças de outros partidos aliados. A questão resume-se no fato de que o primeiro suplente do petista é Sérgio Novais, presidente afastado do PSB municipal pelo grupo do governador Cid Gomes, dirigente estadual, e que acabou se transformando em rival político do Palácio da Abolição.

A prefeita não quis avaliar essa situação, preferindo reiterar que, como dirigente estadual, faz todo esforço para que haja consenso em torno de um nome do PT que garanta a manutenção da aliança com Cid Gomes.  

Lembrada mais uma vez de que o nome de Pimentel no páreo sucessório chegou a ser interpretada como gesto de chantagem contra o governador – o deputado federal Danilo Forte levantou essa hipótese, Luizianne, em tom de tranquilidade, reafirmou: “Não, não! Nós estamos fazendo nosso caminho. A ideia é manter a aliança. Até agora é essa a nossa ideia”.

Luizianne encontra-se em Brasília para uma audiência com a ministra Miriam Belchior, do Planejamento. Vai discutir com ela financiamento para a implantação de cinco corredores exclusivos de ônibus. Ainda ali,, participa de reunião da Frente Nacional dos Prefeitos para fechar a programação deste ano da entidade.

(Foto – Paulo MOska)