O documentário deverá ser exibido no canal britânico Channel 4
Um garoto de 12 anos foi condenado a 25 anos de prisão por participação na morte do padrasto de um amigo.
A história do menino Paul Henry Gingerick, que aconteceu no ano de 2010, será tema de umdocumentário do cineasta Zara Hayes, que deverá ser exibido no canal britânico Channel 4, na semana que vem.
O jovem vivia em Enchanted Hills, no Estado norte-americano de Indiana, onde, em situações extremas, crianças a partir dos 10 anos já podem ser julgadas e condenadas em tribunais para adultos. Porém, casos como o de Paul Henry são muito raros, e o adolescente continua sendo um dos mais jovens a ser julgado dessa forma.
Morte premeditada
Um fator determinanete para o crime era que o menino gostaria de fugir com outros 2 garotos, um menino de 15 anos chamado Colt Lundy e outro garoto de 12 anos, identificado como Willians.
Porém, Colt Lundy teria dito aos amigos que seu padrasto, Phil Danner, de 49 anos, nunca permitiria a fuga, e que, com essa proibição, os garotos só conseguiriam fugir caso o Phil fosse morto.
Confissão
Paul disse à polícia que ele foi junto até o local do crime, mas não acreditava que seu amigo estava falando sério sobre a morte do padrasto, de acordo com documentos judiciais.
Em sua primeira confissão, Paul descreveu o que aconteceu em seguida: "Phil virou a esquina e então ele [Colt] atirou nele. Eu me assustei e fechei os olhos, me virei e atirei também".
Revisão do caso
O Tribunal de Apelações de Indiana, em dezembro do ano passado, rejeitou a revisão da sentença de Paul, mas ordenou uma nova audiência para determinar se o caso deve ser julgado novamente em um tribunal juvenil.
Se for decidido que o garoto deve continuar sendo julgado como adulto, devido à gravidade do crime, ele pode ter a pena aumentada para 65 anos de prisão. Com isso, ele ficará preso até os 77 anos de idade.
Nos próximos três anos, Paul deverá ficar em uma instituição juvenil, antes de ser transferido para o sistema prisional comum.
Monica Foster, advogada do garoto, afirmou que "tenho conhecimento sobre o sistema prisional de adultos no Estado de Indiana, e eu não deixaria meu cachorro lá por uma semana, muito menos uma criança de 12 anos de idade".
A vida pós-condenação
Atualmente, Paul frequenta a escola dentro da prisão juvenil, cinco dias por semana, trabalha e mantém bom comportamento, na esperança de que isso seja capaz de contribuir para a revisão da sentença.
Os professores de Paul o descrevem como um dos mais comportados da instituição.
O pai de Paul afirmou que nunca quis que o filho saísse impune. "Ele cometeu um crime e eu não quero que as pessoas passem a vê-lo como uma vítima, porque Phil Danner foi a única vítima neste caso.
Mas você não deve julgar uma criança com adulto", ressalta o pai de Paul. O próprio jovem garante que amadureceu de forma bem mais rápida do que as outras crianças da sua idade. "Estou começando a pensar antes de agir. Agora eu sou mais grato pelo que eu tenho", disse..
Fonte: Diário do Nordeste
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