Evaldo Lima admite voltar a conversar sobre Clássico-Rei com torcida única

As confusões registradas no Clássico-Rei do último domingo (25) poderão reacender as discussões em torno da presença das torcidas de Ceará e Fortaleza no Estádio Presidente Vargas em uma eventual encontro decisivo pelo Campeonato Cearense. A afirmação foi feita ao Diário do Nordeste Online pelo secretário de Esporte e Lazer, Evaldo Lima.

Evaldo Lima contabiliza os danos no PV
LUIS MÁRCIO DOMINGUE

De acordo com Evaldo, é válida uma nova conversa entre clubes e Federação Cearense caso Ceará e Fortaleza voltem a se enfrentar na fase decisiva do Estadual. Ele ainda lembra que o primeiro acordo foi fechado para presença de torcida única no estádio, mas o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) determinou que pelo menos 10% da carga de ingresso fosse destinado ao clube ‘não mandante’.

“Naquele momento os dois clubes já se manifestaram de forma adversa (à presença de duas torcidas no PV). Quando nós conseguimos estabelecer um consenso em relação a torcida única, naquela circunstância torcida única do ceará, nesse último jogo do Fortaleza, veio o TJD que, em respeito ao estatuto do torcedor, colocava os 10% para a torcida visitante. Essa é uma questão bastante questionável. Os dois clubes da capital nenhum deles é visitante, era mais uma questão de segurança. Compreendendo que o que estava em jogo era mais que uma partida de futebol, era o respeito à vida. Acredito que temos que fazer novamente essa discussão”, comenta o secretário.

Situação financeira

Além da questão da segurança, Evaldo Lima ainda ressalta uma importância financeira aos clubes. Caso fosse realizado com torcida única, a renda do clássico seria destinada ao mandante. O caso, para o secretário, deve ser ponderada por Fortaleza e Ceará, com participação da Federação Cearense de Futebol e do Tribunal de Justiça.

“Pode ser analisada (realização de clássico com torcida única). Acho que é importante também para os cofres dos próprios clubes, na medida que quando se faz torcida única você libera o estádio na sua totalidade, na sua integralidade. É uma questão que os clubes devem ponderar, mas que TJD deve se manifestar também junto com a Federação Cearense de Futebol” afirma Evaldo.

Confusões isoladas

Já para o presidente da Federação Cearense de Futebol, Mauro Carmélio, essa é uma conversa que não será reaberta. Ele considera que as confusões foram pontuais e fora do estádio. Assim, a determinação expedida pelo TJD deverá ser mantida em caso de um eventual encontro entre Ceará e Fortaleza na fase decisiva do Campeonato Cearense.

"Caso exista um encontro na fase decisiva, vai ser realizado com duas torcidas. As confusões foram fora do estádio, em termos isolados. Vai ser conforme a determinação do Tribunal de Justiça Desportiva. Não existe a possibilidade", diz o presidente da FCF.
Fonte: Diário do Nordeste