O governador Cid Gomes (PSB) deverá tratar da sucessão municipal em Fortaleza a partir do mês de maio. Segundo o chefe de gabinete Ivo Gomes (PSB), esse seria o melhor momento para a avaliação do cenário político não apenas na Capital, mas onde o PSB tem interesse de eleger representante ou filiado. Ivo diz ainda que é preciso ter cuidado para que questões político-partidárias não interfiram na gestão pública e avalia que os dois grandes movimentos grevistas de servidores no atual mandato têm origem nacional.
Conforme o chefe de gabinete Ivo Gomes, é prioridade do Governo do Estado tentar evitar que interesses eleitorais ou mesmo questões político-partidárias interfiram no curso da administração pública. “Pode parecer piegas, mas essa é a realidade. Se isso não acontece, há uma deturpação da função política. Por isso fazemos questão de separar as duas coisas, porque a prioridade tem que ser a sociedade”, declara.
Sobre a relação entre Governo do Ceará e servidores públicos após os dois grandes movimentos grevistas protagonizados por professores e policiais militares, Ivo avalia que existem “questões e modus operandi” diferentes, mas ambos decorrem de movimentos nacionais, não se configurando como um problema específico do Ceará.
“A maioria dos estados passou por isso de uma maneira mais tensa e prolongada. Isso é página virada, ficou para trás, mas é preciso que os servidores tenham em mente que a prioridade é o bem-estar da sociedade”, pontua o chefe de gabinete. Ele ressalta ainda que nunca na história do Ceará um governador recebeu tantas vezes as categorias de servidores estaduais.
“São três reuniões por ano com cada uma das categorias dos servidores. O Governo também instalou a Mesa de Negociação permanente (Menp), que se reúne mensalmente e onde os sindicatos, associações e Governo debatem, discutem e encaminham demandas”, pontua.
Críticas
Uma característica que diferencia o primeiro ano do segundo mandato do governador Cid da sua primeira administração foi a incidência de maiores críticas na Assembleia Legislativa. Em relação a isso, Ivo Gomes acredita que não houve mudanças na relação política do Governo com os parlamentares para alterar a realidade anterior e analisa as críticas com naturalidade.
“Esse é um processo natural e, se analisarmos cada uma das críticas, vemos que têm características comuns. Ou seja, o interesse político individual ou pessoal, ou ambos, dessas pessoas que prefiro não citar nomes. Isso faz parte do jogo político”, explica.
O chefe de gabinete afirma ainda que o segundo mandato de Cid tem a característica de um governo novo e não de continuação. Segundo ele, o primeiro mandato foi um período de elaboração de projetos, busca de recursos e início de ações, acrescentando que nos próximos três anos os resultados desse trabalho poderão ser vistos.
Ele cita como exemplos disso as ações nas áreas da saúde, que envolvem três hospitais regionais, 21 policlínicas, 32 UPAs, 16 CEOs e reforma e ampliação de todos os hospitais públicos de Fortaleza. “Teremos a maior e melhor rede de saúde pública do Brasil”, promete.
Ivo Gomes reconhece que, diante da necessidade da população cearense, as ações parecem ser poucas e diz que o Governo corre atrás de um “abandono histórico”. “Boa parte dos equipamentos já foram entregues e estamos intensificando ainda mais as ações na área. Quase 90% da população cearense depende do poder público para ter acesso aos serviços de saúde. E o nosso compromisso é atender com qualidade e eficiência esse contingente e acredito que estamos no caminho certo”, analisa.
Na área da educação, Ivo Gomes destaca que o Governo tem feito investimentos importantes, colocando em prática o Programa Alfabetização na Idade Certa (PAIC). “Nele, temos a adesão dos 184 municípios para a eliminação do analfabetismo nas escolas. Conseguimos avanços impressionantes, tanto que o Ministério da Educação tem o PAIC como referência”, diz.
Avanços
Ele cita ainda a construção de novas escolas de ensino médio e, até o fim de 2014, a inauguração de 140 escolas e ensino médio profissional. “Hoje, já são mais de 80 unidades em funcionamento. O jovem estuda o currículo tradicional e aprende uma profissão”, explica. E acrescenta: “Cito essas áreas porque são aquelas que tenho um carinho especial, mas os projetos e avanços são claramente perceptíveis em todas elas”, afirma.
Questionado se há algum tipo de preocupação do Governo quanto à execução da Refinaria em razão de mudança no comando da Petrobrás, Ivo Gomes avalia que a instalação da Refinaria do Ceará está no estágio de “irreversibilidade. “Essa foi uma medida administrativa, e a construção da Refinaria é uma decisão de Estado, ou melhor, da União”, argumenta.
Fonte: Diário do Nordeste
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