Matagal danado. Entre uma mangueira e um mandacaru uma manchete que desce sobre a correnteza das águas da serra. Mas menino, que Caipora é esta? Cachimbo pro alto, carrapicho no pelo, cachaça na boca.
Na cidade a informação espera. De celular nas mãos a foto é tirada, forrada no blog, espalhada no facebook, o mundo inteiro engoliu o fato.
Na cidade a informação espera. De celular nas mãos a foto é tirada, forrada no blog, espalhada no facebook, o mundo inteiro engoliu o fato.
Era o capeta caipira bem no meio da Tucunduba sem flores. Habitante da floresta agora se prende a rede. Noticia que corre o mundo bem daqui da Caucaia. Rei dos animais, destruidor de caçadores. Pelos que crescem esteja a mata seca ou verde da pouca chuva.
Mas, que porco-do-mato magro e vara de defesa frágil e grande? É para bater em jornalista da web que fala verdade o dia inteiro. O trato não foi feito, mas cadê a cachaça? Curupira do passado, claridade que afasta. Guardião das boas notícias. Ciladas e armadilhas na trilha da mata. Apoio do Curupira para publicar as notícias, que nada! Pressas afuguentadas, cães farejadores espancados que se via online da praia de dunas belas até os Sítios Novos de tijolo furado. Todos ficam sabendo no mesmo instante das armadilhas do Caipora da Tucunduba.
Estalados dos galhos, assobios bem alto para atrapalhar a escritura no tablet, segue a Caipora. Falsas pistas para errar as fontes. Jornalista da web fica perdido na mata desordenada que cresce sobre a lama dos rios sem água, nas proximidades do poço dos lixões.
Jornalista perdido. Foi sair logo no domingo. Cobras, serpentes, abelhas, formigas todas organizadas em ataque simbólico ao pobre jornalista da web. Resta o apelo. Resta o post mais extenso. Resta um meio para driblar o Caipora, rei do pedaço. O fumo de corda no tronco da árvore mais alta, a última esperança. Do Google a busca ao fumo importado. Em sete minutos o fumo chega para despistar o Caipora danado. Toma Caipora, deixa o jornalista da web ir embora. Era notícia fresquinha. Era a notícia boa. Caipora, o Rei da selva da Tuncuduba, libera o jornalista da web invasor das matas, perturbador das abelhas, das formigas, que leva desespero as serpentes e até as cobras.
Tiago Viana
(Homenagem a todos os Jornalistas de Caucaia e do Ceará)
(Homenagem a todos os Jornalistas de Caucaia e do Ceará)
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