O Hospital Regional Metropolitano (HRM), que deve começar a funcionar até a Copa do Mundo de 2014, ainda não tem local certo para ser construído. No momento, de acordo com o titular da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), Arruda Bastos, o consórcio Marquise e mais sete empresas analisam possíveis locais para abrigar a futura unidade de urgência e emergência, especializado em alta complexidade. A previsão é que o estudo, realizado por meio de Parceria Público Privada (PPP), seja concluído até o fim deste mês.
O lugar mais adequado será escolhido pelo Estado após a apresentação das propostas. No meio da indefinição, um movimento de professores e estudantes da Universidade Estadual do Ceará (Uece) pede que o Campus do Itaperi abrigue a unidade. “Não seria um hospital universitário, mas um hospital com gestão da Sesa, na área do campus”, defende a diretora do Centro de Ciências da Saúde da Uece, Gláucia Posso, uma das responsáveis pelo movimento. Entre as justificativas, está a proximidade com o estádio Castelão e o Aeroporto Pinto Martins.
Também a facilidade de aquisição do terreno e o acesso a municípios da Região Metropolitana, como Caucaia, Maranguape, Maracanaú e Horizonte. Gláucia ressaltou também que não há hospitais de grande porte na região e que o acesso ao campus será facilitado, já que as vias do entorno vão ser recuperadas até a Copa. “O campus têm um espaço muito grande. São 104 hectares. E nem 30% é utilizado. Além disso, há cursos de saúde que podem dar suporte”. Há um ano, ela informou que um ofício foi enviado ao secretário com a proposta.
Em agosto do ano passado, conforme publicado no O POVO, a Sesa sinalizou que o hospital poderia ser construído no Anel Viário, via que liga a BR-116 a BR-222. No entanto, o secretário diz que não há preferências. “Vamos aguardar os estudos. A definição de onde o hospital vai ser construído é técnica. O espaço vai ter que ser suficiente para comportar essa unidade com as suas especificações, sem causar grandes impactos”.
HGF e IJF
Com 571 leitos, será uma opção para desafogar o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e o Instituto Dr. José Frota (IJF), já que atenderá dois perfis: emergência clínica e traumato-ortopédica. Segundo Bastos, será “um misto de HGF com IJF”. “É preciso que tenha amplo estacionamento de ambulâncias, que não abale tanto o trânsito e que seja de fácil acesso aos moradores da Região Metropolitana”, enumerou. Arruda Bastos ressaltou ainda a importância de ficar próximo ao Castelão.
O secretário confirmou o recebimento do documento da Uece. E garantiu que sugeriu o espaço para o consórcio que está avaliando os terrenos. Mas disse não poder comentar sobre a possibilidade do hospital ser construído no campus. “Sugerimos vários lugares, como o Anel Viário, a BR-116, a BR-222. E sugerimos também a Uece”. Procurado pelo O POVO, o consórcio Marquise, em nota, informou que o estudo ainda está em andamento. E que, depois de pronto, será entregue ao Estado que anunciará as definições.
Onde
ENTENDA A NOTÍCIA
Ainda não há lugar definido para a construção do Hospital Regional Metropolitano (HRM). Entre os possíveis lugares, estão o Anel Viário e as BRs 116 e 222. A Uece também pede que o hospital seja construído no Itaperi.
Saiba mais
Além da localização, o estudo inclui o projeto de funcionamento do hospital. O estudo custou R$ 954.764,77.
O Hospital Regional Metropolitano (HRM) faz parte do projeto do Governo de construir hospitais de alta complexidade pelo Estado até a Copa de 2014. Além do HRM, fazem parte Hospital Regional do Cariri, Hospital Regional Norte e Hospital Regional do Sertão Central.
Haverá reforço na atenção secundária e no Samu. Segundo Arruda Bastos, vão ser construídas 48 UPAs. E o Samu estará em todas as cidades do Estado.
Sugestão do leitor
Esta matéria foi sugerida pelo leitor João Brainer
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Fonte: O Povo
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