quarta-feira, 19 de junho de 2013

CMO DISCUTE ENTRAVES BUROCRATICOS AO ORÇAMENTO

A fragilidade dos projetos, a deficiência das equipes de gestores foram apontadas como os gargalos na liberação dos recursos e, consequentemente, na execução orçamentária pelos representantes do TCU e da Caixa Econômica na audiência pública. Já o representante da Confederação Nacional de Municípios responsabiliza o excesso de burocracia do Governo Federal como fonte dos principais problemas na relação entre os entes federados. Realizada pela Comissão de Orçamento, a audiência foi requerida pelo relator da LDO 2014, deputado Danilo Forte para debater os entraves que dificultam a execução do orçamento e paralisa obras no Brasil.
Diante do jogo de empurra, o deputado Danilo Forte propôs que os órgãos de controle ajam preventivamente capacitando os gestores na elaboração de projetos, na realização de licitações e de prestações de contas.  Danilo Forte lamentou a ausência do representante dos empresários já que, convidada, a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base não compareceu.  Danilo Forte disse estar cada dia mais convencido de que o prejuízo para o País seria menor se os órgãos de controle e o próprio governo federal, por meio dos agentes financeiros que conveniam com as prefeituras, oferecessem um assessoramento prévio.
Carlos Medaglia,  Superintendente Nacional de Assistência Técnica e Desenvolvimento Social da Caixa Econômica disse que,  todo mês de dezembro, quando o governo libera o maior volume  de recursos orçamentários,  a instituição se depara com a situação de impedimento de cerca de 56% dos municípios com restrições no Cauc – Cadastro Único  de Convênios. Segundo o representante, pesquisa da Caixa indica que 80% dos municípios brasileiros não têm engenheiro ou arquiteto em seus quadros técnicos, o que revela a carência de preparo das equipes. 
André Amorim, que representou a CNM, disse que cada Ministério adota um manual de procedimentos diferente o que cria um cipoal de normas paras as prefeituras. Considerando natural que cada agente queira se esquivar do problema, Danilo Forte preferiu atribuir a responsabilidade ao contexto nacional, de um País que é a 7º economia do mundo mas tem 15,6 milhões de miseráveis, constrói foguetes em São José dos Campos mas no Norte do País tem tribos isoladas.  “Diante do déficit de investimentos na infraestrutura, da precariedade dos projetos que façam frente a grande demanda de obras vamos dividir a responsabilidade na melhoria da execução orçamentária como indutor do desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida”, conclamou.
Assessoria de Imprensa

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