Desenvolvimento
econômico estimulado, crescimento das atividades terciárias na região,
grande número de terrenos e loteamentos à disposição, maiores
investimentos em infraestrutura, são alguns dos fatores que no decorrer
dos últimos anos tem feito o mercado imobiliário caucaiense vislumbrar
na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) boas oportunidades de
investimento.
Um
dos maiores estímulos a esse novo mercado, é sem dúvida a demanda
reprimida por moradias, existente em Caucaia. De acordo com dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado
concentra um déficit habitacional de 307.058 residências.
Dentre
os 14 municípios englobados na RMF, Caucaia se destaca em investimentos
imobiliários. Juntamente com o déficit habitacional, a chegada de
grandes empreendimentos, e outros fatores também contribuíram para que a
cidade passe a acolher famílias oriundas de diversos cantos do Estado
e, sobretudo da Capital, nos últimos anos.
Especialistas
do mercado também citam a escassez e o encarecimento dos terrenos em
Fortaleza, a perspectiva de desenvolvimento do município de Caucaia, a
possibilidade de adquirir a primeira moradia com valores mais acessíveis
e a maior oferta de crédito habitacional. Esses elementos deram a
cidade à incorporação de atividades econômicas e imobiliárias, que por
consequência favorecem a reorganização espacial de Fortaleza.
O
corretor de imóveis Hamilton Cavalcante, explica que com a escassez de
terrenos nos bairros tradicionais, o crescimento imobiliário em
Fortaleza tem se expandido para os terrenos vizinhos. “Esta é uma
alternativa para a descentralização residencial, assim como oferece
maiores condições de ofertas de imóveis com preços bem mais baratos
devido ao preço do terreno ser bem menor. Um nicho de mercado para
investidores, com grande variedade de opções para os compradores”,
explica o corretor.
Potencial imobiliário
Para
o sócio diretor da Imobiliária Viva Imóveis, Paulo Angelim, Caucaia e a
Região Metropolitana de Fortaleza, tem potencial para agregar diversos
tipos de empreendimentos, sejam eles, residenciais, industriais ou
comerciais. Mas destaca que a região do Eusébio, demanda um perfil
residencial mais voltado para a classe A e B, contrariamente à Maracanaú
e Caucaia, que podem receber mais empreendimentos voltados à classe C.
Para
Angelim, os investimentos do Governo Federal, no Minha Casa, Minha
Vida, facilitaram bastante essa expansão, apesar de algumas dessas áreas
já demonstrarem há algum tempo poder de ampliação. “O programa
democratizou o acesso ao imóvel, em virtude do crédito mais fácil e
barato, além dos subsídios. Some-se a isso a melhor distribuição de
renda, o pleno emprego, assim temos como explicar o boom imobiliário dos
últimos quatro anos”, explica.
Ainda falta infraestrutura
Apesar
de conseguir agregar todas as classes sociais e os vários tipos de
investimentos (residências, comércios e indústrias), a RMF, segundo o
vice-presidente do Sindicato da Indústria e da Construção Civil do Ceará
(Sinduscon-CE), André Montenegro, ainda são regiões carentes de alguns
serviços.
À disposição de grandes supermercados, escolas, e transporte, são alguns exemplos.
No
entanto, ele explica que, no decorrer do tempo, a própria demanda deve
incrementar essa oferta. “Assim como o mercado imobiliário vislumbrou
essa chance, outros mercados também vão se desenvolver nesses
territórios com o passar do tempo e o aumento do público”, acrescentou.
Valorização
Por
conta das deficiências no que diz respeito à infraestrutura e serviços,
Paulo Angelim explica que a valorização destas regiões é um pouco menor
que a de Fortaleza, visto que a expansão de renda não acontece como nas
classes A e B. Mas ressalta, que é indiscutível que o fenômeno de
valorização imobiliária ocorra em qualquer ambiente de adensamento
urbano, e escasseamento de terrenos.
“Quando
o espaço urbano vai se requalificando, seja pela intervenção dos
governos em vias, e facilidades públicas e com a chegada de novos
equipamentos de comércio e serviço, a engrenagem da valorização é
acionada”, finaliza Angelim.
Blog de Caucaia *com informação do Estado.
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