Da coluna Política, no O POVO deste sábado (21), pelo jornalista Érico Firmo:
Eunício Oliveira (PMDB) é o líder máximo e absoluto do PMDB cearense. Integra a altíssima cúpula nacional, ao lado de personagens como José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá.
Desde que expurgou Juraci Magalhães dos quadros da legenda, não tem concorrente na esfera estadual. Outros expoentes importantes e bons de voto, como o deputado Aníbal Gomes e o ex-deputado José Gerardo Arruda, nunca foram adiante nas tentativas de lhe fazer frente. Em 2006, preferiam apoiar Lúcio Alcântara a aderir a Cid Gomes. Restou-lhes a adesão informal, pois Eunício tinha compromisso firmado com o então candidato e atual governador.
Atualmente, o deputado federal Danilo Forte é, depois de Eunício, o nome de maior visibilidade nacional do PMDB cearense. Foi ele o principal líder do recente levante da bancada federal do partido contra o governo Dilma Rousseff. No entanto, o peso que começa a conquistar em Brasília não se reflete em ascendência sobre a sigla no Ceará. E o deputado demonstra insatisfação com o modo como Eunício conduz as articulações eleitorais em Fortaleza. A ponto de, junto com o deputado estadual Carlomano Marques, ter divulgado nota em defesa da candidatura própria em Fortaleza.
Desde o ano passado, Danilo se lançou como pré-candidato. Mas todas as movimentações de Eunício são na direção da aliança com o PT e, fundamentalmente, com o PSB. O senador tem pacto firmado com o governador Cid Gomes para que os dois estejam do mesmo lado na eleição da Capital. Tal entendimento praticamente inviabiliza a candidatura própria peemedebista.
Danilo sustenta que a maior parte dos líderes da legenda é a favor da candidatura própria. E reclama do que considera centralização das decisões. “Acho que tem de ter respeito às instâncias democráticas internas. Não pode ser uma coisa personalizada. Não pode beneficiar apenas um. O coletivo partidário tem de se sentir parte”, afirmou o deputado, em conversa com a coluna.
O parlamentar sustenta ainda que o atual acordo entre PT e PMDB na Capital foi “meramente eleitoreiro”. Por isso, acredita que o resultado não é bom para a cidade. E acredita que, se a parceria for mantida, será eleitoreira de novo.
via Eliomar
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