Há um ano e meio, a instituição financeira começou a patrocinar clubes de futebol masculino. Ela foi questionada na justiça por dano ao erário, por ser de caráter pública e injetar dinheiro nas agremiações supostamente levando mais em conta os interesses particulares dos beneficiados e menos os riscos de obter um bom retorno midiático.
Contudo, a Caixa teve a justificativa acolhida: precisa concorrer com os bancos privados em espaços para publicidade também ocupados por eles. Após um período de suspensão do patrocínio em casos pontuais, o dinheiro foi liberado.
A CBF procurou o financiador em meio ao desinteresse de Santos e Corinthians, entre outros com tradição no futebol feminino, quanto a participar da nova competição. Os dirigentes alegaram pequena atratividade aos anunciantes e dificuldades de retorno financeiro, em função do baixo público nos estádios e audiência na TV --a transmissão dos jogos será pela Bandsports.
"É assim mesmo. Depois que a coisa começa a andar na TV, os patrocinadores começam a se interessar", comentou Paulo Roberto Bastos, diretor da empresa de marketing esportivo SportPromotion, responsável pela comercialização.
O último torneio nacional, a Copa do Brasil, encerrado em maio, teve o São José dos Campos campeão. O clube também ganhou o Campeonato Paulista no ano passado e tem sido o que mais contribui com jogadoras para a seleção brasileira. Porém, entre elas não estão Marta e Cristiane, que por bons salários atuam fora do país.
Nos últimos anos, a Kaiser --marca de uma cervejaria-- destinou R$ 30 mil mensais para os gastos de cada clube durante o Campeonato Paulista. Porém, ela declinou do apoio na competição estadual em curso, cuja média de público e de arrecadação nos estádios nem sequer é citada no site da FPF (Federação Paulista de Futebol).
Folha Online
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