A presidente Dilma Rousseff, ao admitir a permanência da aliança com o PMDB, tentou acalmar os ânimos entre representantes das duas siglas.
Gestos e declarações deixam PMDB e PT em pé de guerra
Vice-presidente da CEF, Geddel Vieira Lima, filiado ao PMDB, faz declarações que geram arrepios ao PT
Por: Redação Web
A semana está terminando com turbulência na convivência entre PMDB e PT. A presidente Dilma Rousseff, ao admitir, no final de semana passada a permanência da aliança com o PMDB, tentou acalmar os ânimos entre representantes das duas siglas.
O clima de acirramento, porém, continua e ganha novo contorno com as declarações do vice-presidente da Caixa Econômica Federal e presidente da Executiva Regional do PMDB, na Bahia, Geddel Vieira Lima. Geddel não é apenas uma voz dentro do PMDB. É uma das pessoas mais próximas ao vice-presidente da República, Michel Temer.
Ao ser entrevistado, em Salvador, Geddel mandou um recado que surpreendeu a muitos petistas e deixou até mesmo os peemedebistas de orelha em pé: não existe essa coisa de aliado natural. Ele disse que o PMDB nos Estados não seguirá necessariamente a aliança com o PT.
Geddel recorreu a mistura entre representantes de siglas de situação e oposição para dizer que o futuro do PMDB é confuso.
“A política brasileira virou uma coisa tão misturada que essa história de caminho natural deixa de existir no momento em que você tem o vice-governador de São Paulo, que é vice-governador do [governo do] PSDB, sendo ministro do PT. [...] Então, não há essa obrigatoriedade de a posição nacional do PMDB ser acompanhada necessariamente nos Estados.”
Afif Domingos, que é vice-governador de São Paulo e filiado ao PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab, assumiu, a convite da presidente Dilma, o Ministério da Micro e Pequena Empresa. Afif era aliado ao grupo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Pré-candidato ao Governo da Bahia, Geddel, além das declarações colocando em dúvida a aliança PMDB-PT, alertou para os riscos da reeleição da presidente Dilma se não houver estabilidade na economia e fez elogios a adversários do Governo Federal.
Geddel fez referências aos possíveis adversários da presidente Dilma Rousseff na corrida ao Palácio do Planalto - Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB).
Os dois estão hoje na condição de pré-candidatos à presidência da República. “São dois quadros de uma nova geração política. Dois quadros extremamente bem sucedidos. Tanto no campo político quanto no campo administrativo. Elogiou também Marina Silva (Rede), “uma grande mulher.”
Em outro trecho da entrevista, Geddel dispara: ‘’Se a economia estiver bem, Dilma será beneficiada. Se a economia for mais ou menos, a candidata irá mais ou menos. Se for mal, a candidata se sairá mal’’, expôs Geddel, que foi líder do Governo FHC na Câmara Federal e, no Governo Lula, ocupou o Ministério da Integração Nacional.
Fonte: http://www.cnews.com.br
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