O governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), defendeu na quarta-feira, 29, para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que Izolda Cela, sua secretária nesta área, seja sua sucessora na Pasta na reforma ministerial que a presidente Dilma Rousseff retomará entre quinta, 30, e sexta-feira, 31.
Na visão de Cid, Izolda é o nome ideal porque, além de ser filiada ao Pros, também é mulher do prefeito de Sobral, o petista Veveu Arruda. O município é a base eleitoral de Cid e de seu irmão, Ciro Gomes. Izolda foi também secretária de Educação de Sobral de 2005 a 2006 e depois assumiu, em 2007, a Secretaria de Educação do Estado.
As especulações em torno do nome de Izolda cresceram nesta quarta depois que Cid se reuniu por cerca de uma hora com o Mercadante e à noite com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Além disso, Dilma costuma elogiar ela e os projetos desenvolvidos pela sua secretaria no Ceará. Mas o nome dela sofre resistência de setores do PT, que não quer entregar a Pasta a um pequeno partido como o Pros.
Seu nome gerou rumores também porque, no xadrez da reforma ministerial, apenas dois ministros foram convidados efetivamente pela presidente e estão com as suas posses previamente agendadas para a próxima segunda-feira, dia três de fevereiro: Aloizio Mercadante, na Casa Civil, no lugar de Gleisi Hoffmann; e Arthur Chioro, na Saúde, no lugar de Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo de São Paulo.
Após o encontro com Mercadante, Cid ouviu reclamações de correligionários em uma reunião por estar centralizando as negociações sobre a reforma. Integrantes da cúpula do partido cobraram participação nas conversas com o Palácio do Planalto na reforma ministerial.
“Nós chamamos o Cid para afinar o discurso. Estão dizendo o ministério é do Pros, indicado pelos irmãos Gomes. Não. Deixa a Dilma chamar”, afirmou o líder do partido na Câmara, Gilvado Carimbão (AL). Atualmente, o ministério da Integração é ocupado pelo ministro interino Francisco Teixeira, nome que passou pelo aval de Cid Gomes. “Esqueça esse negócio que é do Pros, do Cid, do Ciro”, disse o líder do partido na Câmara. Segundo integrantes da legenda também causou estranheza o silêncio de Cid Gomes em torno do encontro que teve com Mercadante: “Ninguém sabia do encontro. Ele não falou e ninguém perguntou”, disse Carimbão.
(Agência Estado)
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