Liderança de destaque na recente greve dos policiais militares e bombeiros do Ceará, o deputado estadual Wagner Sousa (PR) avalia que a paralisação dos policiais e bombeiros – que parou Fortaleza durante todo o último dia 3 – foi um movimento ilegal. “A gente tem consciência de que o movimento foi totalmente ilegal, mas foi o mecanismo encontrado pelo trabalhador para alcançar seus objetivos”, disse Wagner, em entrevista ao programa Viva Domingo, exibido na noite deste domingo (22), pela TV O POVO.
Wagner buscou justificar a paralisação afirmando que policiais e bombeiros foram levados ao contexto da ilegalidade por causa de conduta também “ilegal”, segundo ele, adotada pelo Governo do Estado no trato com as categorias. O deputado citou que trabalhadores não recebiam sequer salário mínimo em seus vencimentos-base e que o governo não regulamentou a jornada de 40 horas semanais dentro do prazo de 180 dias dado pela Assembleia Legislativa ainda em 2008.
“Os trabalhadores entenderam que já que o governo não cumpre a lei, a única forma de a gente alcançar nosso objetivo vai ser também descumprindo a lei… e infelizmente, a gente chegou a esse ponto”, afirmou o deputado, que considerou a paralisação como o “desespero” do trabalhador.
A Justiça do Ceará já havia decretado a ilegalidade da greve, mas nenhum dos líderes do movimento havia concordado publicamente com a decisão da Justiça cearense. Wagner disse ainda que houve erros na implantação do Ronda do Quarteirão, pois os soldados não passaram, segundo ele, por treinamento adequado e foram “jogados” na rua ainda sem experiência.
(O POVO)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O espaço deve ser usado de forma consciente e respeitosa. Críticas, sugestões e opiniões são moderados pela administração do site. Comentários ofensivos, com expressões de baixo calão, ou manifestações de cunho político e/ou eleitoral, não serão aceitos.
Comentar