Carlos Siqueira, Rodrigo Rollemberg, Marcos Dantas e Luiza Erundina
Parlamentares, líderes e militantes do PSB debateram a reforma política na noite de segunda-feira (28/3).
Na noite de segunda-feira (28/3), parlamentares, líderes e militantes do PSB debateram a reforma política. A iniciativa faz parte do ciclo de palestras e debates “Segundas Socialistas” organizado pelo PSB/DF e o núcleo da Fundação João Mangabeira do Distrito Federal. O presidente do partido no DF, Marcos Dantas, presidiu a mesa, formada também pelos deputados federais Luiza Erundina (PSB-SP) e Valtenir Pereira (PSB-MT), pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e pelo primeiro secretário Nacional do PSB e presidente da Fundação João Mangabeira, Carlos Siqueira.
O senador Rodrigo Rollemberg lembrou que a reforma política entra na pauta de discussões em todo início de legislatura e que, agora, é preciso trazer a sociedade para o debate. “Caso contrário, vamos fazer uma reforma para piorar o sistema eleitoral brasileiro”, afirmou. Na avaliação do senador, é necessário debater o tema de forma aprofundada e tirar uma posição do partido. Rollemberg também falou sobre o financiamento público de campanha e defendeu a fidelidade partidária.
Democracia participativa
Na sua explanação, a deputada Erundina ressaltou a importância de se fortalecer a democracia. “Hoje há grandes distorções e a política esta desmoralizada. O Congresso Nacional está distante do povo”, lamentou, para em seguida acrescentar: “É preciso mudar as regras do sistema eleitoral, nossa democracia está insuficiente, ela tem de ser mais direta e mais participativa”, sugeriu.
Para Erundina, a reforma política também pode rever o “pacto federativo”, aumentando a autonomia dos estados e municípios em relação ao Governo Federal. “A distribuição do bolo tributário, por exemplo, é desigual. Hoje, cerca de 60% dos impostos vão para a União, 20% para o Estado e o município fica com muito menos. Precisamos rever isso”, defendeu.
Carlos Siqueira também destacou as mudanças eleitorais e partidárias que precisam ser feitas. “Na reforma, temos de garantir o pluralismo político e o aperfeiçoamento da democracia participativa”.
Para o socialista, a manutenção de vários partidos políticos assegura uma maior representatividade da população no Congresso Nacional. Neste contexto, Siqueira defende a manutenção do voto proporcional e rechaça a ideia do “Distritão”, proposta discutida no Congresso Nacional que dividiria os Estados em distritos para uma eleição majoritária de deputados.
“Entendemos que o voto distrital não é democrático porque, com ele, a maioria do eleitorado não é representada”, explicou.
Carlos Siqueira também defendeu uma eleição proporcional em que os cidadãos votassem em uma lista de candidatos pré-ordenada desbloqueada. A partir dessa proposta, na hora de votar, o eleitor definiria a ordem de preferência dos candidatos daquele partido. Cada vez que a legenda atingisse o quociente eleitoral, o primeiro nome da lista garantiria uma cadeira no parlamento.
Logo depois, foi aberto o debate para os presentes, que puderam dar opiniões e fazer perguntas aos integrantes da mesa.
Conclusão
“Nós não queremos mudar só o Brasil. Nós queremos mudar o mundo. Somos contra as desigualdades sociais e econômicas. Ser socialista é uma visão do mundo”, deputada Luiza Erundina, Senador Rodrigo Rollemberg e Carlos Siqueira
Com informações da assessoria de imprensa do Senador Rodrigo Rollemberg e da liderança do PSB na Câmara dos Deputados
Portal PSB
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