Centenas de famílias vivem do corte das folhas da carnaúba.
Eles produzem cera, vassouras, adubo e diversos tipos de artesanato.
A carnaúba é a árvore símbolo do Ceará, dela, tudo se aproveita.
No distrito de Catuana, em Caucaia, muita gente herdou dos pais a tradição de viver da planta. O produtor José Maia tem hoje mais de mil hectares, onde várias famílias trabalham na colheita e beneficiamento.
A árvore não requer cuidados especiais. Depois de cortar, tem que deixar secar por aproximadamente oito dias até ficar no ponto de extrair a cera. Da palha sai o pó que origina a cera preta, tipo mais comum. Já do olho da carnaúba é extraído o pó que origina a cera mais refinada.
Cada uma tem destino e valor de mercado diferente. Enquanto uma árvore produz cerca de 200 gramas de pó para cera preta, para a branca saem apenas 10 gramas.
O período de chuva na região vai de janeiro a junho, mas em 2011 foi até setembro. A água atrapalhou a produção, principalmente do olho da carnaúba, de onde sai o pó branco que vira cera. Em tempos normais a produção é de 20%, mas em 2011 o índice caiu para 5%.
As famílias dependem da produção para sustentar a família e o jeito foi apostar nos subprodutos. A palha, depois de triturada para extrair o pó, é revendida para ser usada como adubo. Já o olho da carnaúba, a parte mais fina, é empregada em larga escala nos artesanatos.
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