quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Protógenes dá entrada em CPI da Privataria Tucana

“O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) protocolou ontem o requerimento que pede a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara para investigar as privatizações realizadas no governo Fernando Henrique Cardoso. A ação tem como base o livro Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que só deve decidir pela criação ou não da CPI a partir de fevereiro de 2012.
Para criar uma CPI, são necessárias 171 assinaturas e o pedido de investigação deve ter fato determinado Marco Maia pediu um parecer à Secretaria-Geral da Mesa da Casa para analisar se o requerimento atende às duas exigências, mas já adiantou que somente no próximo ano definirá o tema.
Após conferência da Mesa, comprovou-se 185 assinaturas anexadas ao pedido, número suficiente para instalar uma CPI. “Não há possibilidade de se fazer uma análise ainda neste ano. Não vejo também necessidade de dar prioridade absoluta porque não é nada tão fundamental ou que possa trazer prejuízo ao País que não possa esperar o trâmite normal”, disse o presidente da Câmara. Da bancada cearense, com 22 deputados, 14 assinaram o documento (ver quadro ao lado).
Protógenes afirmou que o pedido de investigação atende a um “clamor popular”. Disse ainda que as possíveis irregularidades nas privatizações podem ser mais graves do que as denúncias contra o governo Dilma Rousseff. “Os fatos podem ser até mais sérios do que os escândalos atuais até porque eles podem ter origem nisso. A origem, aliás, está na redemocratização feita no Brasil que foi pior que na Rússia e produziu novos bilionários”, afirmou o deputado do PCdoB.
O livro escrito pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr., acusa o ex-governador José Serra de receber propinas de empresários que participaram das privatizações conduzidas pelo governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Ribeiro Jr. foi indiciado pela Polícia Federal sob a acusação de encomendar a violação do sigilo fiscal de dirigentes tucanos e familiares de Serra na campanha de 2010.
O livro sustenta que amigos e parentes de Serra mantiveram empresas em paraísos fiscais que serviram para movimentar milhões de dólares entre 1993 e 2003.
Quem assinou da bancada cearense
André Figueiredo (PDT), Aníbal Gomes (PMDB), Antonio Balhmman (PSB), Ariosto Holanda (PSB), Arnon Bezerra (PTB), Artur Bruno (PT), Chico Lopes (PCdoB), Danilo Forte (PMDB), Edson Silva (PSB), Eudes Xavier (PT), João Ananias (PCdoB), José Guimarães (PT), Mauro Benevides;
(Com O POVO e agências)

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