quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

HOSPITAIS PARTICULARES LOTADOS TAMBÉM

HOSPITAIS DA REDE PARTICULAR ESTÃO LOTADOS
Fonte: Jornal o povo


Quando a perna de Edivaldo Matias Silva, 66, começou a inchar por causa da erisipela e da diabetes, uma semana atrás, o advogado aposentado não hesitou e procurou a emergência do hospital particular mais próximo imaginando receber atendimento rapidamente. Não conseguiu. “Estava muito cheio, sem condições de atendimento. Na emergência, tinha muita gente”, relata.

Ao todo, Matias diz ter passado 12 horas no hospital. E mesmo assim não conseguiu atendimento completo. “Tive que assinar um termo de responsabilidade pra sair de lá e me tratar em casa”, lembra. A justificativa dos médicos para a lotação estava na grande quantidade de pacientes com sintomas de viroses.

O funcionário público aposentado José Simplício de Barros Junior, 62, relata um fato parecido com o de Matias. Ele levou a tia, Odele Simplício de Moura, 88, à mesma unidade depois de a aposentada ter caído. “Não encontraram leito. Todos os hospitais estão superlotados por causa desse negócio de virose”, afirma.

Segundo a enfermeira Iara Teles, chefe do plantão, na manhã de ontem, do Hospital São Mateus, onde os dois idosos buscaram atendimento, o aumento da demanda na emergência da unidade é visível. “Normalmente, a gente prioriza os idosos e as gestantes, mas às vezes não consegue estar dando a devida prioridade pro idoso, isoladamente, porque tem pessoas muito mal”, justifica.

Iara destaca que a direção do hospital colocou um segundo médico nos turnos da tarde e da noite, além de haver um cardiologista “dando suporte” ao atendimento da manhã.

Rede particular
Em outros hospitais particulares contatados pelo O POVO, a procura por atendimento também está grande. O diretor da emergência do Monte Klinikum, Roberto Melo, destaca que o crescimento chega a 30%, em relação ao mesmo período do ano passado. O médico afirma que muitos dos pacientes não precisariam ir ao hospital. “A maioria vai pela ansiedade. Quem precisa de emergência pode ficar prejudicado”, comenta.

Já no São Carlos, o aumento varia entre 20 e 25%, segundo o diretor, Wilson Meireles. O médico comenta que a lotação dos hospitais é generalizada. “Todas as emergências estão trabalhando acima da capacidade do atendimento. A preocupação é com o paciente grave que chega e não tem leito”, diz.

Através da assessoria de comunicação, o HapVida, que administra o Hospital Antonio Prudente, afirma que a procura está alta e que o plano de saúde ampliou a rede de atendimento para desafogar a demanda no hospital. Em nota, a assessoria de comunicação da Unimed informa que a emergência do Hospital Regional está “acima de sua capacidade normal”, mas que está havendo “aumento no quadro de profissionais” para garantir o atendimento.

Por quê
ENTENDA A NOTÍCIAAs mudanças climáticas favorecem a transmissão de doenças provocadas por vírus. Com dores no corpo, vômito e outros sintomas mais comuns nas viroses, as pessoas procuram os hospitais em busca de atendimento. Porém, neste período, sobram pacientes e faltam leitos.

Mariana Lazari
marianalazari@opovo.com.br

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