Padre Pedro dirige a Casa do Pequeno Cotolengo, pioneira na região na acolhida de pessoas com deficiência
FOTOS: FRANCISCO VIANA
FOTOS: FRANCISCO VIANA
Casa promove beneficência
Instituição católica é voltada para acolher jovens, de 4
a 30 anos, com autismo, Síndrome de Down e hiperatividade
Caucaia Um total de 100 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos, são atendidos, hoje, pelo Pequeno Cotolengo, em Caucaia, na Região Metropolitana. Com três anos de funcionamento, a Casa acolhe os portadores de deficiências e promove a interação social dos assistidos e das mães. Mantida pela Prefeitura de Caucaia e mais a assistência da Congregação religiosa Pequena Obra da Divina Providência, de origem italiana, a instituição é uma referência para o atendimento de autistas, portadores de Síndrome de Down e outras deficiências mentais.
O diretor e coordenador da obra, padre Pedro Júnior, diz que a missão faz parte de um elenco de atividades que a congregação, fundada por São Luis Orione, exerce no País. No Brasil, funcionam seis unidades similares e Caucaia é a primeira no Norte e Nordeste.
"Foi necessária a construção dessa casa, tanto porque instalamos o nosso seminário de Filosofia e também porque assumimos a Paróquia de Tabapuá. Por regra, sempre onde estamos presentes devemos manter um trabalho social", disse padre Pedro Júnior, lembrando o carisma da ordem religiosa, que é "levar o Evangelho por meio da caridade". Em Caucaia, os religiosos perceberam que havia uma demanda na assistência a pessoas com deficiência mental. Nesse sentido, a partir de 2005, foram empreendidos os primeiros esforços para a construção da unidade no Estado.
Com a ajuda de benfeitores em todo o mundo, principalmente da Itália, foram adquiridos o terreno e iniciados os serviços de construção do prédio. Contudo, faltava o mais importante: o material humano para atender o público alvo.
Doação
Assim, a Casa somente foi inaugurada em 13 de janeiro de 2008, funcionando numa parceria com a Prefeitura de Caucaia e contando com a ajuda de doadores. O Pequeno Cotolengo funciona os dois turnos do dia, divididos por 50 pessoas em cada um. As crianças e os adolescentes são acompanhados também pelos pais, que dispõem de um espaço exclusivo, contando com academia, salão de beleza e a ajuda de psicólogos para melhor seguir o tratamento dos filhos atendidos.
Vencida essa preocupação, toda a atenção se volta para os portadores de deficiência. Divididos em salas separadas dos autistas mais severos, passando por cadeirantes àqueles com sequelas mentais moderadas, esses são acompanhados por uma equipe multidisciplinar, envolvendo psicoterapeutas, assistentes sociais, psicólogos e educadores físicos. Faltam, porém, fonoaudiólogos e mais pessoal de apoio, pois há uma lista de 15 pessoas na lista de espera.
A professora Lurdes Feitosa Rodrigues é entusiasta da iniciativa. Trabalhando especificamente com cadeirantes e deficientes mentais, disse que sua maior angústia é, às vezes, não ouvir qualquer palavra. "Às vezes, conseguimos extrair algumas expressões, mas em geral nada falam e isso me causa uma melancolia", afirmou. Outras dificuldades na manutenção da obra é a precariedade da estrada que acesso à instituição, localizada na Travessa Padre José Maria Moura, no Bairro de Arianópolis, no Araturi, e ainda a falta de uma quadra coberta, onde se possa participar de atividades esportivas e recreativas, "quer faça sol ou chuva".
O padre Pedro afirma ser um confiante e crente que essas dificuldades serão vencidas. Lembrou que muito mais árduos foram os primeiros passos, inclusive tendo que criar um ambiente que realmente fosse compatível na assistência aos mais necessitados e acolhidos há três anos.
O secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Caucaia, Solano Lopes, disse que a iniciativa conta com todo o apoio da primeira dama, Ester Júlia Gois, não apenas pela dimensão do programa, quanto pelo pioneirismo regional.
MAIS INFORMAÇÕES
Pequeno Cotolengo, Travessa Padre José Maria Moura, 284, Arianopólis, Caucaia - Tel: 3475.2959
http://www.cotolengocearense.com.br
Fonte: Diário do Nordeste
Caucaia Um total de 100 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos, são atendidos, hoje, pelo Pequeno Cotolengo, em Caucaia, na Região Metropolitana. Com três anos de funcionamento, a Casa acolhe os portadores de deficiências e promove a interação social dos assistidos e das mães. Mantida pela Prefeitura de Caucaia e mais a assistência da Congregação religiosa Pequena Obra da Divina Providência, de origem italiana, a instituição é uma referência para o atendimento de autistas, portadores de Síndrome de Down e outras deficiências mentais.
O diretor e coordenador da obra, padre Pedro Júnior, diz que a missão faz parte de um elenco de atividades que a congregação, fundada por São Luis Orione, exerce no País. No Brasil, funcionam seis unidades similares e Caucaia é a primeira no Norte e Nordeste.
"Foi necessária a construção dessa casa, tanto porque instalamos o nosso seminário de Filosofia e também porque assumimos a Paróquia de Tabapuá. Por regra, sempre onde estamos presentes devemos manter um trabalho social", disse padre Pedro Júnior, lembrando o carisma da ordem religiosa, que é "levar o Evangelho por meio da caridade". Em Caucaia, os religiosos perceberam que havia uma demanda na assistência a pessoas com deficiência mental. Nesse sentido, a partir de 2005, foram empreendidos os primeiros esforços para a construção da unidade no Estado.
Com a ajuda de benfeitores em todo o mundo, principalmente da Itália, foram adquiridos o terreno e iniciados os serviços de construção do prédio. Contudo, faltava o mais importante: o material humano para atender o público alvo.
Doação
Assim, a Casa somente foi inaugurada em 13 de janeiro de 2008, funcionando numa parceria com a Prefeitura de Caucaia e contando com a ajuda de doadores. O Pequeno Cotolengo funciona os dois turnos do dia, divididos por 50 pessoas em cada um. As crianças e os adolescentes são acompanhados também pelos pais, que dispõem de um espaço exclusivo, contando com academia, salão de beleza e a ajuda de psicólogos para melhor seguir o tratamento dos filhos atendidos.
Vencida essa preocupação, toda a atenção se volta para os portadores de deficiência. Divididos em salas separadas dos autistas mais severos, passando por cadeirantes àqueles com sequelas mentais moderadas, esses são acompanhados por uma equipe multidisciplinar, envolvendo psicoterapeutas, assistentes sociais, psicólogos e educadores físicos. Faltam, porém, fonoaudiólogos e mais pessoal de apoio, pois há uma lista de 15 pessoas na lista de espera.
A professora Lurdes Feitosa Rodrigues é entusiasta da iniciativa. Trabalhando especificamente com cadeirantes e deficientes mentais, disse que sua maior angústia é, às vezes, não ouvir qualquer palavra. "Às vezes, conseguimos extrair algumas expressões, mas em geral nada falam e isso me causa uma melancolia", afirmou. Outras dificuldades na manutenção da obra é a precariedade da estrada que acesso à instituição, localizada na Travessa Padre José Maria Moura, no Bairro de Arianópolis, no Araturi, e ainda a falta de uma quadra coberta, onde se possa participar de atividades esportivas e recreativas, "quer faça sol ou chuva".
O padre Pedro afirma ser um confiante e crente que essas dificuldades serão vencidas. Lembrou que muito mais árduos foram os primeiros passos, inclusive tendo que criar um ambiente que realmente fosse compatível na assistência aos mais necessitados e acolhidos há três anos.
O secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Caucaia, Solano Lopes, disse que a iniciativa conta com todo o apoio da primeira dama, Ester Júlia Gois, não apenas pela dimensão do programa, quanto pelo pioneirismo regional.
MAIS INFORMAÇÕES
Pequeno Cotolengo, Travessa Padre José Maria Moura, 284, Arianopólis, Caucaia - Tel: 3475.2959
http://www.cotolengocearense.com.br
Fonte: Diário do Nordeste
MARCUS PEIXOTORepórter
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