A política pedagógica dos povos originários e tradicionais precisa ser discutida para que todos tenham acesso a uma educação que valorize as culturas e tradições dessas comunidades. Na manhã desta quarta-feira (01), no Centro Municipal de Formação e Avaliação (CEMFA), na Tabuba, foi realizada a primeira Jornada pedagógica dos povos originários e tradicionais de Caucaia. O evento, promovido pela Prefeitura de Caucaia, por meio da Secretaria de Educação, contou com representantes das 22 escolas indígenas, quilombolas e do campo, além de gestores da educação, professores e lideranças comunitárias.
Caucaia é um município com vasta multiplicidade cultural e com diversas nuances que precisam ser respeitadas. O objetivo da jornada foi reunir os representantes e professores indígenas, quilombolas e do campo para uma troca cultural e para a apresentação de especificidades que precisam ser inseridas e respeitadas dentro do plano de ensino. Estavam presentes na Jornada os representantes das comunidades do Campo, das etnias Tapeba e Anacé, e das comunidades quilombolas.
De acordo com Meire Maciel, coordenadora de educação de etnias do município, o momento é de integração e de direcionamentos importantes. “Essa jornada é importantíssima pois aqui serão traçados todos os caminhos educacionais de 2023 para os povos indígenas, quilombolas e campo”, pontuou Meire.
Madalena Barbosa, chefe de núcleo da etnia quilombola no município, reforçou que a jornada pedagógica é essencial para a troca de experiências e saberes e é muito importante para a valorização da cultura quilombola.
Para Nildo Bento, que é da etnia Tapeba e diretor de escola indígena, a jornada foi um momento de troca de conhecimento e de acolhimento. “É um momento ímpar para nós, pois é um momento de reconhecimento da categoria educacional indígena. A educação acontece e se processa, também, fora da sala de aula”, destacou Nildo.
Silvia Helena representante da etnia Anacé e coordenadora de ensino indígena, reforçou que "é um momento rico para o povo Anacé, pois valoriza os povos originários e tradicionais locais. É uma grande conquista que vai contribuir na educação da nossa educação indígena”.
Rosálio da Costa, que é técnico da educação do campo, destacou que ficou muito feliz em participar do evento pois era uma oportunidade de troca de experiências com as outras comunidades. “Fortalece a diversidade do município e facilita a troca entre quilombolas e indígenas. Isso tudo fortalece nossas escolas no campo. Temos muito para aprender e ensinar”, frisou Rosálio.
Por conta de todas as especificidades referentes às etnias, as aulas irão começar no dia 6 de fevereiro, em um calendário diferente do ano letivo tradicional. De acordo com a coordenadora, a jornada pedagógica vai valorizar os povos com a manutenção da cultura, ampliação do currículo escolar e valorização da localização das escolas e o aprendizado das tradições.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O espaço deve ser usado de forma consciente e respeitosa. Críticas, sugestões e opiniões são moderados pela administração do site. Comentários ofensivos, com expressões de baixo calão, ou manifestações de cunho político e/ou eleitoral, não serão aceitos.
Comentar