sábado, 26 de julho de 2014

Flutuador registra captação irregular de água por mansões em Brasília

Equipamento da TV Globo identificou uso da água para irrigação de grama.
Collor diz ter autorização; Eunício Oliveira afirma que não usa água do lago.

Mansões à beira do Paranoá, em Brasília, captam água do lago de forma irregular, mostra reportagem do Flutuador da TV Globo desta quinta-feira (12) (veja vídeo ao lado). Entre as residências que usam água para irrigar jardim estão as de dois senadores – Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e Eunício Oliveira (PMDB-CE).

A assessoria do senador Oliveira informou que há uma nascente sob o terreno da casa, que alimenta dois pequenos lagos na propriedade, e que a tubulação existente no local serve para regular a vazão e a oxigenação da água.
A assessoria do senador Fernando Collor de Mello informou que ele tem autorização da Agência Nacional de Águas (ANA) para fazer um poço na Casa da Dinda e que o cano que liga o lago à residência é “resto de uma instalação”. A ANA não confirmou que tenha dado a autorização ao senador.
Segundo a Agência Reguladora de Águas do DF (Adasa), ninguém pode retirar água diretamente do lago, a menos que tenha autorização – concedida pelo órgão apenas ao Palácio da Alvorada e a um clube de golfe.
De acordo com a Adasa, a autorização foi dada nesses dois casos porque a Alvorada e o campo de golfe têm áreas extensas de gramado. A abertura de poços artesianos para irrigar esses locais causaria impacto semelhante ao da abertura de é extensa e o impacto ambiental seria o mesmo do que se fossem construídos poços artesianos.
Responsável pela fiscalização, o órgão informou que vai notificar os moradores. A agência disse que aqueles que não retirarem as instalações irregulares poderão ser multados em até R$ 100 mil.
“Se você roubar água, vai diminuir o volume do lago. Isso causa prejuízo para a prática de esportes, para a captação de água e produção de energia”, afirma o diretor da Adasa Diógenes Mortari.
Ligações clandestinas
A reportagem da TV Globo mostrou que na Casa da Dinda, de Fernando Collor, um cano capta a água direto do Paranoá para o jardim. A tubulação fica escondida entre pedras, no trecho do lago, e sob a terra, na margem.
Na casa de Oliveira, a tubulação que leva a água para o jardim fica sob o píer. O equipamento bombeia a água fica submerso. Segundo a Caesb, uma bomba pequena é capaz de retirar até 2 mil litros de água por hora do lago.
Fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal

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